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Pensatas sobre a cidade: o que deve ter no Juvenil? Uso!


Foto: Vivacidade

Entre as nossas novidades de 2024, está a proposta de fazermos Pensatas sobre a cidade. E o legal é que você contribua com elas, tanto aqui nos comentários do blog, quanto nas redes sociais. Vamos juntos?


Para começar, vamos recuperar um assunto que rendeu no final de 2023: a possibilidade de a sede social do Clube Juvenil receber um centro de comércio popular. Surgiram argumentos variados a favor e contra e nós acompanhamos tudo. Para a produção desta primeira pensata, lemos com atenção diversos conteúdos, porque patrimônio histórico está no nosso DNA, e costumamos estudar e conversar antes de nos manifestarmos sobre assuntos importantes para a cidade. Dito isso, vamos lá!


Inicialmente, queremos deixar dois pontos bem claros:


  • não debateremos opiniões que carregam preconceito, porque não admitimos isso em hipótese alguma, seja sobre o assunto que for;


  • o Juvenil precisa ser utilizado com urgência, porque vazio ele se deteriora e os prejuízos para a sociedade vão aumentando conforme o tempo passa.


Bom, a partir dessas duas afirmativas, seguimos: o Clube Juvenil é um prédio tombado e, portanto, tem regras que ditam como deve ser utilizado e mantido por quem o ocupar. Então, para nós, se vai ser um comércio popular - não temos nada contra essa ideia -, um centro cultural, um comércio de luxo, um espaço permanente para shows, festas e afins, não faz diferença, desde que as normas do tombamento sejam seguidas.


O que o Vivacidade defende é que os patrimônios públicos sejam “preservados e utilizados”. Essas palavras estão entre aspas porque nós as ouvimos de uma pessoa muito relevante para Caxias do Sul e concordamos 100% com ela. Um patrimônio precisa de uso, porque aí a manutenção vai acontecendo no dia a dia e ele se mantém em boas condições. Quando esse uso permite que todos possam entrar e conhecer, ou seja, quando o serviço fornecido ali é aberto a todos, então, para nós, foi encontrada a melhor solução para um patrimônio histórico. Só se cuida do que se conhece e, para conhecer, é preciso, antes, frequentar.


Há mais de seis anos, defendemos uma cidade viva, em que as pessoas se apropriem do espaço público, entendendo que ele é uma extensão das suas casas e dos seus negócios, e zelem por ele. O mesmo raciocínio se aplica a prédios históricos que tenham valores caros para a população. Se os moradores de uma cidade entenderem esses valores - que vão muito além do arquitetônico -, frequentarem e curtirem os espaços, vão ajudar a cuidar. Sim, é simples assim.


Enquanto as portas estiverem fechadas, como estão atualmente, nada disso acontece. E o final da história todos sabemos qual é. A assembleia de sócios e o conselho deliberativo do Juvenil são soberanos para aceitar ou não as propostas que por ventura chegarem, mas é claro que o debate com a sociedade é sempre bem-vindo. A nossa participação nessa conversa é clara: queremos vida pulsando dentro do Juvenil, para que ele siga de pé, preservado e aberto ao maior número de pessoas.

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